segunda-feira, 26 de setembro de 2011

poema: Tome Seu Troco!

Tome Seu Troco

Tu sabes bem que eu não compactuo
Quando sais às noites de calor
Para procurar em corpo qualquer
A afogar nesse ou noutro corpo teu cio.
Tu bem sabes que reverso meu desejo
Não em qualquer dois por três
Mas que some dois por uma vida
Que se junta ventando o amor.
Da ostra busco pérola não a carne
E não faço do prazer um lazer
Para não ver depois a dor chegar
Dilatar, despertar, um outro vazio.
Por isso não compactuo com essas coisas vis
Nesses beijos ardentes e viscosos
Para não ouvir: você não gosta de mim!
Tome seu troco! Permita-me amar-te de novo?
Por isso reverso meu desejo e fico imune
Ao amor de poucas horas em segundos
Seguidas de cio vadio, arredio, sem cor, sem alma,
Sem voz, sem relacionamento, sem sentimento.

poema: Visão Proibida!

Visão  Proibida


Matando, rompendo, tomando 
A minha poesia vieste um dia!
Só em tua mão me deste um não, 
Cessei essa sessão de safanão!
De gritos, murros, urros e tapas...
Vi-te querendo me vencer 
Cabendo-te me entreter com sorrisos
Falseado ao teu amor pedir-me: ama-me!
E esquece os por quês, por causas...
Vem toma-me em teus braços sou teu!
Somo um, mais um, mais e um, 
Que dão quatro pernas a roçarem!
Duas barbas a pestanejarem, dois fortes corpos a bailarem,
O balé do amor esquisito, incompreendido, proibido.
Das travessuras dos dias e noites juntos 
Meu coração entrou em desordem...
Com que cara ei de olhar a vida?
Se me abriste o peito com teus beijos!
E agora rompo o mundo sem ter desejos!
Seco ficarei sem tua saliva, 
Não brilhará mais em meu universo!
O sol que brilhava quando me amavas, 
Quando lambia teu peludo peito!
E em teus braços me sentia como uma mulher!

poema: Como Uma Magia

Como Uma Magia

A noite não ofusca
A placidez do som rouco do amor
Que perdura por entre a candura
Do firmamento desse fulgor.
Tomaste a minha boca
Com tal benevolência
Que restringi a fúria louca
De amar-te com indecência.
E nos caminhos percorridos
Na viagem sob teu corpo
Vi-me socorrido, acudido!
Das garras algozes da solidão.
E agora embevecido no suor
Escorrido do teu peito
Sinto-me um menino maior
Que desfruta o repouso no teu leito.
Por isso declamo no arrebol
Que sou lua, que sou sol!
Que sou as esferas da noite e do dia
Enramado por esse amor
Nascido em mim como uma magia.
 

poema: Eternamente

Eternamente

Leve feito o vento veio mudando a alma e as estrelas

Trazendo do infinito o amor que me invade de forma terna

Despertaram-se os sonhos de duas vidas fundir-se em uma só

De quem entrou em mim mostrando que sempre viveu e viverá em mim.

A busca ao amor cessou quando teus olhos cruzaram o meu olhar

No toque das nossas peles senti em fim minha outra parte chegar

Utopia pensei penetrar corpo adentro e a cada dia, noite em braços teus!

Vejo se concretizar o fogo lúdico da paixão

Envolvendo todos os sentimentos e pensamentos meus.

E agora emaranhada em meu ser está você

Que corre pelas minhas artérias deixando o amor puro
 
Envolvendo-me em selvagem inocência ao fazer-me amor
            E depois exala o doce cheiro da paz quando me dizes: eu te amo!

poema: Dourada, Clara Aurora!

Dourada, Clara Aurora!

Dourada, clara aurora!
Paisageada de vibrante emoção
Que nem pode reter o sopro córrego da paixão
Som plácido, acústico soa a tua voz!
Ao em desafobar o encanto rústico que vem no nós.
Predestinadamente
Busco a solução ao que seja você
O arfante desejo de descobrir-te
Em corpo, alma e coração.
Incontrolavelmente
Levo-me à vontade de beijar
Os lábios que nunca toquei
Formação terna de platônico amor.
Enveredar-me-ei em ocultos olhos
Como em fusão a calmaria de mar agitado
E em prazer de novamente ser levado
Ao que neste sentimento será dado.
Então como haveria de acontecer
Pergunto-me: quem é você?
Deixe-me te ver transparente cristal
Oh, dourada, clara aurora.
Mais

música: Qual Estação?

Qual Estação?


Você já descobriu qual a estação que mudou?
Não foi o outono, por que folhas secas ainda não caíram!
Aqui não faz frio, então não foi o inverno quem chegou!
Se existem gaivotas no céu que ainda voam
Não há flores naturais, há flores plásticas, imortais!
Por tanto, primavera ainda não se faz.
O coração figura decorativa do amor
Que se faz quente ao meio dia no verão.
Assim não tendo mais do que se repor
Vais querendo saber qual a estação que entre nós mudou
Onde se encaminhou e findou o mar da paixão que agora jaz.
Como são egoístas as possibilidades
Por não enxergar o que não quer se ver
Como é triste e simples a felicidade
De ter, de ser, de se fazer à paixão!
Essa foi à estação mudada, tirada de nós!
Que desaguada em uma foz
Despejou no leito do peito a solidão.